A tecnologia 4G (quarta geração) de telefonia móvel vai elevar a velocidade das conexões de internet para até 100 Megabits por segundo. Para comparação, nossas sofridas conexões 3G atuais ficam na média de 1 Megabit por segundo, ou seja, 100 vezes menor. Conexões 4G já são realidade em algumas localidades dos Estados Unidos e Coréia do Sul. Aqui no Brasil, por causa da preparação do país para receber grandes eventos internacionais, como a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, muito tem se falado da nova tecnologia. Em julho, os lotes de frequências 4G no Brasil foram divididos entre Claro, Oi, Vivo e TIM e espera-se que todas as capitais e cidades com mais de 500 mil habitantes possam usufruir do sinal 4G.

Mas e o atual 3G como vai? Sempre péssimo, caindo. E o próprio serviço de voz, dá pra usar? Quase que não, né? Por essa e por (muitas) outras que a Comissão de Comunicação e Energia da Assembleia Legislativa de Sergipe realizou, hoje (21/08), audiência pública para expor as condições dos serviços das operadoras móveis em Sergipe. A audiência reuniu representantes de comunidades do interior do estado, das operadoras Claro, Oi, Vivo e TIM, do Sinditele Brasil (Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel e Pessoal) e do Procon-SE.

O Sinditele Brasil respondeu com o que estamos cansados de ouvir: investimentos milionários, aprimoramento do atendimento, implantação da rede 4G (já?!), blá, blá blá. E ainda quis jogar a culpa para os castigados usuários, justificando que eles não apontam demandas. Mas ninguém explicou porque, por exemplo, não há conexão 3G da Oi no shopping Prêmio, ali do lado, no município de Nossa Senhora do Socorro, grande Aracaju. Ou por que os moradores dos povoados Colônia 13, em Lagarto, e Feirinha, em Santa Luzia do Itanhy quase nunca tem sinal no celular e precisam subir em árvores (sem piadas!) para usar seus telefones. Ou ainda por que a Claro foi a única operadora proibida pela ANATEL de vender novos planos em Sergipe no mês passado, se, dos 931 processos administrativos registrados pelo Procon-SE desde o início do ano, 338 foram contra a Vivo, 299 contra a Claro, 181 contra a Oi e 113 contra a TIM.

A Comissão de Comunicação e Energia da ALESE avaliou a audiência como válida por confrontar representantes da população de usuários e as prestadoras dos serviços e disse que vai continuar "cobrando das operadoras melhorias para não prejudicar ainda mais a população". Mas deu gostinho de vingança ver dois representantes das operadoras não conseguirem acessar arquivos em seus tablets utilizando conexões 3G.

Com informações de F5 News

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